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Dia de Campo da EMATER
- Publicado em 10/08/2018 às 10:47
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A gestão sustentável da propriedade foi o assunto que atraiu agricultores de diferentes pontos de Giruá ao dia de campo promovido na propriedade onde vivem o casal José Carlos Falabretti Camargo e Rosane Camargo e seus três filhos, na localidade de Passo das Pedras. No evento realizado nesta terça-feira (07/08) foram compartilhadas experiências e conhecimentos técnicos que estão sendo desenvolvidos na propriedade através do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, executado pela Emater/RS-Ascar, sob coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR).
O grupo foi recepcionado pela família e pelos técnicos do escritório municipal da Emater/RS-Ascar. Na oportunidade, a agricultora Rosane Camargo relatou a história da família, destacou o trabalho de assistência técnica e extensão rural e a forma como é estimulada a sucessão familiar. O chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar Diogo Danda destacou o trabalho desenvolvido pela Instituição através do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar (PGSAF), com acompanhamento continuado e sistemático da propriedade e decisões em conjunto com a família a partir da elaboração de diagnóstico e posterior elaboração e execução de plano de gestão. “Esta proposta foi construída a partir de demandas apresentadas pelos próprios agricultores. Para planejar a gestão da propriedade, é preciso levar em conta a visão sistêmica da propriedade, nas esferas social, econômica e ambiental, uma vez que uma atividade está interligada a outra”, destacou Danda. A produção de alimentos para autoconsumo da família foi destacada na fala, sendo que contribui para a segurança e soberania alimentar. Em média R$750 deixam de ser desembolsados por mês pela família com a produção do próprio alimento, levando em conta nesta soma o custo de produção.
Os participantes acompanharam também estação que apresentou as formas de alimentação animal, de forma especial, as abundantes pastagens existentes na propriedade e a área de milho destinada para silagem. No total, são 54 vacas em lactação e 32,5 hectares destinados à atividade leiteira. Nesta perspectiva, a produção de leite chega a 12 mil litros de leite por hectare ao ano, conforme destacou o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar em sistemas de produção animal, Ivar Kreutz, que coordenou a estação.
A irrigação das pastagens foi tema da outra estação, conduzida pelo engenheiro agrônomo José Cláudio Reis. “A irrigação é um investimento que traz segurança e tranquilidade. Ele é o coroamento da combinação de uma série de fatores que também precisam ser levados em conta como o cuidado com o solo”, afirmou Reis. Ainda, orientações sobre políticas públicas e formas de acesso ao crédito para a implantação de sistemas de irrigação foram apresentadas.
Além da atividade leiteira, a família investe também na produção de grãos. Diante disso, investiu na construção de quatro silos de alvenaria com capacidade para secagem e armazenagem de 10 mil sacas, no total. Os princípios do sistema de secagem com ar natural, com projeto elaborado pela Emater/RS-Ascar, foram apresentados na estação coordenada pelo assistente técnico regional em Manejo de Recursos Naturais, Fernando Dornelles Fagundes.
O prefeito de Giruá, Ruben Weimer, que acompanhou todo o evento, afirmou estar “encantado com o trabalho realizado pela Emater e pela família, servindo de inspiração para muitos agricultores, revertendo-se no desenvolvimento das famílias e da economia do município”.
A trajetória da família Falabretti Camargo
Rosane relata que a família contou com a assistência técnica da Emater/RS-Ascar, desde que se instalou na propriedade em 1985. Ao longo desta história, sempre buscaram produzir o máximo dos alimentos que consomem na propriedade e buscaram se qualificar e adaptar os aspectos produtivos à realidade do mercado.
O leite foi introduzido comercialmente no início dos anos 90. Desde então buscaram se profissionalizar, melhorar o plantel e adquirir equipamentos que melhorassem as condições de trabalho. Paralelamente investiram também na produção de grãos, buscando novas tecnologias e a secagem e a armazenagem na propriedade.
O cuidado com a gestão da propriedade sempre foi levado em conta e intensificado com o acompanhamento do PGSAF. Todo este contexto fez com que a sucessão familiar se consolidasse. “Nós e os filhos sempre trabalhamos como parceiros. Os filhos não são nossos empregados, eles têm participação nas decisões e têm renda própria”, destacou Rosane. Ela destaca ainda que a família vislumbra além do lucro, bem-estar. A extensionsita social Helena Sandri destaca, neste sentido, que as metas tendem a ser alcançadas pela resiliência da família e busca constante por conhecimento, uma vez que os integrantes participam constantemente de cursos, dias de campo e momentos de intercâmbio de informação com técnicos e outros agricultores.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional Santa Rosa
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