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Uma reflexão acerca da mulher em situação de violência
Foi realizada uma sensibilização e reflexão voltada para este segmento, contando com a participação do Ministério Público e da Polícia Civil
- Publicado em 04/12/2015 às 11:58
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Uma reflexão acerca da mulher em situação de violência
Foi realizado no dia 25 de novembro, na Secretaria Municipal de Promoção Humana - Casa da Família, com apoio do Governo Municipal um encontro alusivo ao Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. A Palestra interativa foi organizada pela equipe do CREAS, a Psicóloga Cibele de Oliveira e a Assistente Social Ana Paula Ruppenthal, com a colaboração das demais colegas tendo em vista que este fenômeno é atualmente uma das grandes preocupações das políticas públicas no cenário mundial.
Desta forma, ao vislumbrar a importância desta temática, que é multifacetada, e entendendo a necessidade de possuir no município uma rede fortalecida e articulada para acolher as mulheres que se encontram em situação de violência, foi realizada uma sensibilização e reflexão voltada para este segmento, contando com a participação do Ministério Público e da Polícia Civil. Outras políticas setoriais que compôem a rede de serviços do município se fizeram presentes, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, através da Secretária Fátima Ehlert, Anise Rodrigues Ehlert e os Agentes de Educação. A saúde também esteve presente através dos Agentes de Saúde e Visitadoras do PIM. Foi convidada também a Liga Feminina de Combate ao Câncer por ser uma entidade parceira nas atividades. Esta atividade reuniu mulheres participantes dos grupos de convivência além de outras que são acompanhadas de alguma forma pela equipe de profissionais desta secretaria.
Inicialmente, a Secretária Municipal de Promoção Humana Simone Kogler fez a abertura, reportando-se ao marco histórico que fez com que a data de 25 de novembro ficasse simbolizada para as mulheres vítimas de violência cotidianas, lembrando que o dia ficou conhecido mundialmente em razão das irmãs dominicanas, que lutavam por soluções para os problemas sociais de seu país e foram perseguidas, presas e brutalmente assassinadas caracterizando o maior ato de violência cometido às mulheres. Posteriormente a Psicóloga Cibele de Oliveira, explanou acerca da violência, abordando conceitos e suas formas de manifestação, sua expressão atual e as possibilidades possíveis para as mulheres que se encontram em situação de violência.
Foi feito um breve resgate histórico situando a violência desde os primórdios da humanidade no que se refere a organização social. Foram feitas considerações a respeito do sistema patriarcal, que através de uma ideologia machista construída historicamente apresenta seus reflexos até os dias de hoje na nossa sociedade. Abordou-se também a manifestação da violência, que inicialmente era nos espaços privados considerando que tínhamos os papéis sociais bem definidos, onde o homem era o provedor e detentor do poder e a mulher ocupava o função de esposa e mãe, restrita ao ambiente doméstico. A partir de 1930, porém, as mulheres ficaram mais expostas, quando começam ocupar novos espaços de inserção social social. Esta mudança resultou em mais conflitos nas relações. Neste período a violência passa também do campo privado ao público.
Aprofundando este viés a partir da diferença biológica, a psicóloga abordou também a violência de gênero. De acordo com BADINTER, a identidade de gênero forma-se a partir do sentimento e convicção que se tem de pertencer a um sexo, sendo, pois, uma construção social feita a partir do biológico.
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